sexta-feira, 4 de junho de 2010

Impressões sobre a exposição "Einstein"

Ontem à tarde finalmente fui à exposição "Einstein", no Museu Histórico Nacional (MHN). Talvez porcausa do feriado, o número de visitantes estava bastante grande, então tivemos que esperar uns 10 minutos na fila para chegar na recepção do museu. A entrada foi tranquila, até demais. Minha namorada estava inscrita pra palestra voltada para professores (ela é professora de Física), o que dava a ela o direito de entrada franca. O legal é que, de tabela, também recebi uma pulseirinha laranja de gratuidade. Para não ficar com peso na consciência, resolvi assistir a palestra também, já que seria dada por uma amiga que se formou com a gente na Uerj.

Tive a boa surpresa de não haver palestra (palestras me dão muito, muito sono), pois como era feriado, o museu estava com o auditório fechado, sem ninguém disponível para abrí-lo, o que é uma falha. Tivemos então uma visita guiada pela exposição. Em geral, gostei bastante da forma da exposição, o material estava bem escrito e era bastante rico, contando com cópias de documentos originais, páginas de caderno do Einstein, principais idéias sobre seus trabalhos etc etc. Como em toda exposição/discussão sobre o ano "miraculoso" (se não me engano, isso é um erro de tradução, tenho que pesquisar denovo), achei como sempre o trabalho sobre movimento browniano não tão destacado quanto os outros trabalhos de 1905. Isso é curioso, já que esse foi o trabalho que, sem dúvida, abriu portas para o maior número de aplicações em áreas tanto dentro quanto fora da Física, pois ajudou a inaugurar um novo ramo da ciência, o dos processos estocásticos. Acontece que os trabalhos sobre Relatividade Restrita e Geral têm um apelo popular extremamente maior, entendo.


Foto: Priscila, sempre muito atenta, riscando coisas que julgava não pertinentes na exposição.




Foto: Priscila, Einstein, sua língua e Letícia, nossa amiga do observatório do Valongo que guiou a visita para o grupo de educadores



A parte interativa da exposição estava muito muito legal. Muito bem bolada aquela mesa que simbolizava o comportamento de um objeto se deslocando próximo a um buraco negro. Tinha uma outra mesa também, que permitia ao usuário criar um buraco negro numa tela ao tocá-la e observar o comportamento da matéria próxima a sua criação. Caso ainda vá visitar a exposição, não deixe de ver também a parte interativa sobre o efeito fotoelétrico.

                                     

Ficou faltando eu ver o vídeo 3D lá embaixo perto da sala dos experimentos didáticos, pois já estava com muita fome. A única coisa ruim da exposição, não é relacionada à exposição em si. Como falei no início, a visitação estava realmente muito cheia e o deslocamento era incômodo, o que atrapalhou um pouco. Além disso, haviam professores de ensino médio guiando suas respectivas turmas e promovendo discussões dentro da exposição, o que não acho adequado, pois a coisa ficou muito barulhenta. O MHN conta com espaços amplos e externos que poderiam ser utilizados para tal fim...

A exposição fica no MHN até domingo no Rio, então corra!

Até a próxima!

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