sexta-feira, 11 de junho de 2010

H1N1 e vacinação, vol.3



Quando escrevi aqui contestando o famoso "vídeo-boato" da suposta ex-ministra da Finlândia, recebi um comentário de um também suposto funcionário do ministério da saúde brasileiro:

"Prezado,

Infelizmente em todas as campanhas de vacinação, realizadas pelo mundo, surgem teorias de que estas imunizações causam sérios danos ou até morte. Porém, estes fatos não são verdadeiros. Nosso país tem tradição em campanhas de vacinação. Já erradicou doenças e diminuiu os danos causados por muitas outras. A vacina é justamente para ajudar a diminuir os males provocados por um vírus que matou milhares de pessoas pelo mundo e, centenas no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os principais efeitos colaterais da vacina são dores de cabeça, nos músculos e articulações e febre. São sintomas leves, que devem durar cerca de dois dias. Em casos mais raros, pode haver reação alérgica. 

Att,
Ministério da Saúde

fernanda.scavacini@saude.gov.br"



Já observei em dois outros locais (em algumas comunidades no Orkut e no Yahoo respostas) participações do ministério da saúde com exatamente o mesmo conteúdo. Ok, apesar de parecer uma coisa meio "1984", acho até respeitável e importante essa tentativa de esclarecimento prestada à população por meio de redes sociais e blogs. A questão é que o funcionário responsável por esse tipo de trabalho parece ser um robô, Ele provavelmente põe no google "h1n1+vacinação" e larga seu comentário padronizado, sem ao menos se dar ao trabalho de ler e entender o teor do que os autores dos sites visitados por ele escrevem. Olhando assim, parece que eu estava incentivando as pessoas no post original a não tomarem a vacina contra o vírus H1N1, o que nem de perto é verdade.

Imaginava que a disponibilização do email no comentário acima fosse o estabelecimento de um canal para comunicação entre a população e o ministério da saúde, mas não é o que parece. Treze dias atrás enviei o email que aparece no printscreen abaixo (clique se quiser ampliar), e até agora nenhuma resposta, nem aquelas automaticamente geradas, me foi enviada. Se a intenção é realmente o esclarecimento da população, acho que o ministério da saúde deveria estar aberto ao diálogo, mas parece que não estão tão dispostos assim... Lamentável.





Até a próxima!

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